Palestra com a Dra. Ho Yeh Li sobre o manejo clínico do covid-19 CREMESP

Palestra com a Dra. Ho Yeh Li sobre o manejo clínico do covid-19  CREMESP

Highlights - Força Tarefa Dr Pulmão.

 

Apresentação clínica

A tosse está presente em mais de 60% dos pacientes

Febre e coriza podem não estar presentes em muitos dos pacientes infectados

Hipertensão arterial constitui-se em importante fator de risco

A DOENÇA NÃO É TÃO IGUAL A UMA GRIPE COMUM EM TERMOS DE SINTOMAS

 

Laboratorial

Grande parte dos pacientes tem leucograma normal, mesmo pacientes graves

Os pacientes mais graves podem ter linfopenia

Plaquetas em geral se apresentam no limite inferior da normalidade

Maioria dos casos tem PCR elevado

Apenas 5% apresenta alteração na pro calcitonina

Em 22% dos casos há aumento de transaminases

Função renal preservada na admissão

Quase 50% dos pacientes apresentam Dímero D aumentado, com alteração mesmo em formas leves

 

Resumo dos exames

LEUCOGRAMA – útil, pois vai alterar mais nas pneumonias bacterianas

TRANSAMINASES – altera em 20%

PCR ELEVADO COM PRO CALCITONINA NORMAL

DÍMERO D AUMENTTADO – não ajuda no diagnóstico diferencial

 

Achados radiológicos

Padrão em vidro fosco isolado em várias áreas, em todos os relatos

Pode evoluir para consolidação, então seu surgimento não afasta Corona Vírus

Pode haver padrão reticular e espessamento septal

Pacientes que se recuperam da doença, sem ocorrer intubação, apresentam melhora no aspecto radiológico e função pulmonar. Ainda pouca informação sobre melhora dos que necessitam de intubação.

IMAGEM DE FORMA ISOLADA NÃO OBTEM DIAGNÓSTICO, POIS INFLUENZA E VIRUS SINCICIAL SE ASSEMELHAM

 

Complicações

CARDIACAS

17% APRESENTAM ARRITMIA

7% DESENVOLVEM INSUFICIÊNCIA CARDIACA

RELATOS DE FALÊNCIA CARDIACA

Difícil estabelecer causa e efeito em pacientes graves

 

HEPÁTICAS

Em até 43% dos pacientes há alteração hepática – evitar drogas hepatotóxicas

Possível algum tipo de interação medicamentosa?

POUCOS PACIENTES COM ALTERAÇÃO RENAL

 

O CORONA VIRUS, AO QUE PARECE, LEVA A DESCOMPENSAÇÃO DE OUTRAS DOENÇAS DE BASE. POR ISSO MAIOR LETALIDADE EM IDOSOS.

 

Não existe explicação ainda para o fato de as crianças não apresentarem manifestações graves da doença. Mas isso elucida o motivo de serem transmissores, pois muitas vezes são assintomáticos.

 

Evitar tratamentos não comprovados na literatura – ESTAMOS EM PANDEMIA – existem diversos vírus que causam o mesmo padrão radiológico. A intubação precoce pode ser iatrogênica.

 

A REGRA BÁSICA É NÃO LESAR O PACIENTE. O MANEJO HOSPITALAR DEVE INCLUIR PROTEÇÃO INDIVIDUAL.

 

O uso combinado de ventiladores nunca foi testado. OS PACIENTES DEVEM SER MANEJADOS DA MANEIRA HABITUAL, ESTRATÉGIA PROTETORA E INTUBAÇÃO QUANDO NECESSÁRIO.

 

A VNI (Ventilação Não Invasiva) é utilizada em outras doenças infecciosas, então não existe razão do seu não uso - PROTEGER O TIME.

 

USO DE CLOROQUINA

Existe evidência de ação “IN VITRO” em diversas doenças. Mesmo assim não foi usada nas mesmas. Uso prolongado traz complicações (anemia, retinopatia, prolongamento intervalo QT).

Artigo da China (18 trials diferentes) demonstrou resultados em 100 pacientes com melhora da doença. Revisão sistemática sobre a segurança da droga (25 ensaios) não cita a dose da medicação em alguns estudos. Contudo, maioria dos estudos ainda se encontram em andamento. Muitos trabalhos ainda com aprovação pendente, sem determinação da dose.

 

USO DE ANTI VIRAIS E CORTICOIDE

ESTUDOS EM ANDAMENTO. EXTREMO CUIDADO NO USO OFF-LABEL DAS MEDICAÇÕES. RESSALTA IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS LOCAIS.

 

A DOENÇA, MAS TAMBÉM AS MEDICAÇÕES PODEM LEVAR AO ÓBITO.

 

PROTEÇÃO DOS PROFISSIONAIS

CHINA – Mais de 1000 profissionais adoeceram

ITÁLIA – Mais de 2 mil casos em profissionais

A roupa traz o risco no momento de retirar. LAVAR AS MÃOS NA RETIRADA. Uso de fralda para trabalhar. Custo alto leva ao reuso das roupas.

Ministério da Saúde não recomenda o uso do macacão, pois leva a falsa seguranca e ocorre a contaminação na retirada ou reutilzação dessas roupas.